terça-feira, 5 de maio de 2015

5 - A quem procuro?



Nenhum rosto me satisfaz!
Nesse devaneio sem fim, me perco nessa multidão sem nome.
Nem sei na verdade quem és,
Mas sinto uma saudade amarga, 
Aquela faltado que nunca foi meu,
E sou tomada pela sensação de que perdi algo que nunca me pertenceu.
Atormenta-me esse encontro sem data,

Tua lembrança sem imagem,
Essa louca vontade de deixar em   teus braços, minha alma se perder.
E na escuridão da madrugada,
Vagando em meus pensamentos,
Questiono-me onde estás, e quem afinal   de contas é   você.
Não sei se pensas em mim, ou imaginas quem eu possa ser.
Nem sei se tu existes, ou se isso é pura insensatez a fazer minha lucidez desvanecer.
Mas há desejo, não nego.
Vivo atormentada  pela ilusão que eu mesma criei.
Uma cobiça sem tamanho, em ter alguém  a  quem idealizei.
Admito...
Às vezes minha certeza hesita, mas continuo a buscar.
Embora  haja momentos em que uma dúvida me faz  oscilar:
Será que realmente é outro alguém aquem procuro?...
Ou é somente a mim mesma que anseio encontrar?


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